As mudanças apresentadas no mercado de prestação de serviço jurídico nos últimos anos têm tornado o cenário cada vez mais competitivo, que somada a uma expectativa de crescimento limitado do país para o próximo exercício, sinaliza um ano de cuidado e atenção no planejamento e gestão dos escritórios.
No ano de 2013, praticamente terminado, temos uma previsão de crescimento do PIB de 2,50% e para 2014 menor ainda, 2,11% (segundo o relatório Focus do BACEN de 29/11/13).
O próximo exercício será ano de eleição, quando paira uma grande expectativa nos investidores sobre quem ganhará, portanto qual o rumo político que a nação seguirá. Para temperar ainda mais a economia em 2014 teremos a Copa do Mundo de Futebol com previsão de parar as cidades sedes em dia de jogos.
Temos aqui ingredientes suficientes para elaborarmos um planejamento cuidadoso. Provavelmente projetos e investimentos suspensos; mais feriados; apreensão política etc.
Dentre as mudanças que mencionei no primeiro parágrafo acima, temos que os serviços jurídicos não caem mais no colo como no passado, os clientes não vêm bater à porta, portanto temos que estar atentos para encontrar trabalho. De que forma?
A melhor maneira é dedicar tempo para conhecer a fundo os clientes atuais, suas atividades; regulamentações; aspectos tributários, societários, trabalhistas, ambientais etc.; entender como operam, enfim saber de fato quais eventuais riscos e oportunidades legais estão presentes em suas atividades de modo a poder contribuir para a melhora e segurança deste cliente. Seguindo a máxima do mercado: é mais fácil manter clientes atuais do que conquistar novos!
Os clientes estão cada vez mais exigentes, querem enxergar valor agregado ao serviço jurídico prestado, desta forma temos que fazê-los ver quais as contribuições que o escritório está dando a eles e de que forma está fazendo terem um retorno sobre o investimento realizado com a contratação do advogado.
É importante sinalizar e fazer o cliente entender que serviço jurídico deve ser investimento e não custo, para isto temos que adicionar valor ao negócio do cliente.
Com o surgimento cada vez maior de bancas e advogados competentes a oferta de serviço com qualidade cresce acima da demanda, desta forma, de acordo com a regra básica de economia, o valor tende a cair, portanto para se manter competitivo deve-se ajustar o preço, para baixo, ou oferecer algum diferencial de qualidade percebida pelo mercado que justifique o preço diferenciado.
A percepção de quem demanda qualquer serviço deve ser de que a relação custo x benefício é satisfatória.
Na hipótese bastante realista dentro de um quadro semelhante a este, de redução de preço para se manter competitivo e não abrir mão do “Market Share”, ou até mesmo aumenta-lo, sem perder lucratividade, é reduzir o custo interno do escritório, no mínimo, na mesma proporção da eventual redução de preço, ou seja EFICIÊNCIA!
A tecnologia é ferramenta essencial para contribuir para este ganho de produtividade e eficiência financeira.
Apesar de ainda não ser possível no Brasil, em alguns escritórios internacionais renomados já se pode contratar e obter o serviço jurídico pretendido, sem nem falar com um advogado. Basta acessar o site, seguir e responder uma sequência de perguntas sobre a natureza do serviço desejado e no final imprimir o que se buscava. Visto que, para determinadas situações, pode-se definir um padrão.
Será que você não consegue padronizar parte dos processos da prestação do serviço jurídico de modo a ganhar tempo e eficiência? Estou seguro que sim!
Cada vez mais se faz necessário o trabalho colaborativo, ao invés do trabalho individualista, dentro de uma sociedade de advogados. Quando os sócios e advogados trabalham em prol do escritório e não com uma visão individualista, tem-se um ganho de produtividade na prestação do serviço, e consequentemente um maior retorno, tanto para o cliente, quanto para o próprio escritório.
O mercado nesta situação anseia por mais previsibilidade, pois ele também está buscando eficiência, ou seja, precisa estar seguro com relação a quanto vai gastar, quanto vai ter de retorno e em quanto tempo.
Por mais que em muitas situações não exista precisão para a resposta destas perguntas, deve-se buscá-las
Diante deste cenário, as formas de faturamento acabam tendo que se ajustar às diferentes situações e necessidades, o que obriga as sociedades de advogados a trabalharem com opções e formatos distintos de faturamento. Se você, por definição, trabalha com uma única forma de faturamento, poderá enfrentar dificuldades, dependendo da natureza do serviço jurídico prestado.
O cliente está cada vez menos disposto a assinar um cheque em branco para o advogado!
Fonte: Última Instância
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